8° texto: Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons - Maria Fernanda Medina Guido

8° texto: Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons

Conheço algumas pessoas extremamente competentes, capazes, merecedoras de uma vida mais equilibrada, de oportunidades mais justas, de mais qualidade de vida. No entanto, muitas delas, apesar de saberem que merecem tudo que listei acima, acreditam que ainda não estão prontas para dar o próximo passo, acreditam que precisam se aprimorar mais, se preparar mais, planejar mais. Porém, enquanto se preparam, os anos vão passando, as oportunidades sendo agarradas por outras pessoas muitas vezes nem tão competentes, mas um tiquinho mais corajosas e os sonhos vão ficando mais distantes.
Também sou a favor de fazermos o melhor que podemos sempre. Também tento me superar e evoluir a cada dia e sempre procurarei algo para melhorar em mim, em meu trabalho, pois pessoalmente acredito que é para isso que viemos, evoluir. No entanto, sei que nunca estarei 100% pronta. Sei que nunca terei todas as respostas sobre um assunto ou estarei totalmente preparada para tal tarefa. Mas arrisco, me exponho, aceito os desafios porque embora entenda que não estou totalmente pronta sei que sou capaz e posso evoluir durante o caminho.
Talvez hoje isso seja muito claro para mim porque a vida não me poupou muito e na maioria das situações não tive muito tempo para me preparar. Elas vinham e pronto. Ou eu me mexia, ou seria engolida. 100% das vezes escolhi me mexer. Errei muitas vezes, acertei outras tantas, mas essa montanha de desafios me fez perceber que o “e se não der certo?” é muito mais assustador que a realidade que se mostra se o superamos. Se acreditarmos em nós, tivermos paciência e nos esforçarmos, sempre dará certo, mesmo que seja por um pequeno espaço de tempo, mesmo que seja até o próximo desafio.
Arriscar é essencial para crescermos. O que você faria agora se não sentisse medo? Provavelmente esse é o caminho a seguir. “Mas e se eu tomar a decisão errada?” Parte do processo. Para você chegar aonde está hoje provavelmente em algum momento precisou agir mesmo sem estar 100% pronto não foi? Se apegue a essa situação, não deu certo? Você não chegou até aqui?
Quando tiver um tempinho, faça uma reflexão de seu passado, pense em 10 anos atrás. Qual era o seu maior medo? Ele se concretizou? Se sim, como foi? Foi tão triste quanto você imaginava? Se não se concretizou, hoje, 10 anos depois, ele ainda te assusta? E se ele acontecer hoje (a não ser que o seu maior medo seja de morrer) Será mesmo o seu fim? Não haverá nenhuma maneira de se reinventar? Não haverá saída? Duvido.
Confie mais em você. Nunca estaremos plenamente prontos, mas se planejarmos e sobretudo acreditarmos que conseguiremos e lutarmos com afinco, os resultados que tanto esperamos, virão. Acredite!

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