O maldito “e se”
Recentemente escrevi uma postagem sobre o quanto sofremos por catástrofes que nem sabemos se irão acontecer, já que a maioria delas não se concretiza, que teve uma repercussão imensa (se você não viu o post clique AQUI). Cerca de 6 mil pessoas leram a publicação, o que me levou a crer que que esse assunto não incomode somente a mim mas a quase todo mundo e por isso acredito que seja relevante pensarmos um pouco sobre nossos medos e ansiedade.
Vamos pensar por exemplo no momento econômico que estamos passando, essa crise financeira e política horrorosa. Ela é assustadora para qualquer um, independente de quantas pessoas dependam financeiramente de você. É assustador pensar que mais pessoas perderão seus empregos e que você pode ser uma delas. É tenebroso pensar em deixar de pagar suas contas, não ter dinheiro para suprir suas necessidades, perder o que se conquistou. São medos plausíveis, seria realmente muito ruim para qualquer um passar por uma situação dessas. No entanto, a não ser que a empresa onde trabalha tenha anunciado que fará cortes e o seu departamento vá ser extinto, não há como saber se você perderá seu emprego. E se não há como ter certeza que tipo de crescimento pessoal essa angústia pode lhe trazer? O que adianta ficar se torturando com a imagem de um cenário que ainda não é real? Nada.
Existe uma parte do seu cérebro chamada Amigdala. De maneira muito simplificada, dentre as funções dessa área está a autopreservação. Isso significa que ela é a responsável por identificar perigo, gerar medo e ansiedade e te colocar em estado de alerta, te preparando para um possível embate. Se pensarmos no exemplo dado, a crise econômica, foi a amigdala que processou todas as informações que você recebeu sobre a crise e diante do que foi recebido ela te colocou em estado de alerta. Porém, não dá para passar o ano todo em vigília porque isso te faria muito mal fisicamente e psicologicamente então o que se pode fazer é tentar se controlar quando essas ondas de medo e ansiedade vierem.
A minha sugestão para quando esses pensamentos horrorosos vierem é parar por um momento e primeiramente respirar. Não se trata de “papinho para boi dormir”, quando ficamos muito ansiosos tendemos a respirar de maneira mais curta e dessa forma a respiração não é eficiente. Quando respiramos profundamente, nosso cérebro é oxigenado e pensa melhor. A segunda coisa a ser feita é voltar para o agora, ou seja, olhar a sua volta e perceber que nenhum dos medos que estão te atormentando são reais, por exemplo, se o medo é o de perder o emprego, olhe a sua volta, hoje, neste momento, você está empregado não? Então! Hoje a sua vida está em ordem, está tudo bem. Olhe a sua volta e se tranquilize ao perceber que tudo está bem. Continue respirando profundamente e logo essa sensação ruim deverá passar. Pode ser que a ansiedade volte, mas se cada vez que ela voltar você seguir esses dois passos ela diminuirá gradativamente. Sabe quando confortamos uma pessoa importante num momento de insegurança dela? Quando lidamos com ternura e dizemos a ela que ficará tudo bem? Pois bem, tenha essa atitude com você mesmo. Se você é capaz de tratar com ternura uma pessoa que tem carinho, tem que ser capaz de fazer isso com você, experimente!
Viver um dia de cada vez funciona. Quando paramos de pensar no futuro e nos focamos no presente, a serenidade aumenta. Não se trata de alienação, somente de não tentar controlar o que é incontrolável, afinal, o que tiver que acontecer em sua vida que não depende de você, mas de terceiros, vai acontecer, queira você ou não. Então, R-E-S-P-I-R-A e relaxa!